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quarta-feira, 27 de maio de 2015

MOMENTO DE REFLEXÃO - ATÉ ONDE ADQUIRIR EQUIPAMENTOS IMPORTADOS É UM BOM NEGÓCIO








Buenas!




Mais alguns dias, e encerramos o primeiro semestre de 2015. Para os aficionados do hobby - em especial aqui no Brasil - é um momento propício para renovar a configuração da estação, suprir a necessidade de equipamentos mais atualizados, ou o sonho em ter em sua mesa aquele transceptor que há muito tempo foi desejado, ou simplesmente, renovar os instrumentos de aferição, cabeamento, antenas mais eficientes, novas modalidades e se preparar para as próximas aberturas de propagação de longo período. E este hobby, como em muitos outros, não é barato, o que demanda investimento para a aquisição de novos equipamentos. 

O grande problema, ainda, continua sendo o valor estimado em equipamentos disponiveis ao mercado. É claro que a China entrou de cabeça nesse segmento, e tem proporcionado lançamentos e releituras mais inovadas, e em muitos casos, a preços acessíveis - mas ainda assim. não tão acessiveis a todos. É onde surge o mercado de usados ou seminovos, com pouco mais de cinco anos de uso, e até mesmo os "velhinhos", que, mesmo com o passar dos anos , ainda continuam funcionais - claro, dependendo do ritmo de trabalho em que foram submetidos por seus antigos "donos".


Nesse segmento, contudo, continua sendo aplicado uma regra bastante discutível: o fato de que esquipamentos com mais de dez, vinte anos de fabricação, não terem defasagem de valor. As argumentações são muitas: desde o estado geral de conservação, até o fato de se possuírem poucos exemplares disponíveis no comércio de usados - os que tornam, de certa forma, "objetos de desejo". Mas quanto a isso, existem explicações. Modelos descontinuados, tendem a possuir características de recepção e transmissão incomparáveis a modelos mais atualizados, fidelidade de uso, Entretanto, por se tratar de transceptores e acessórios descontinuados, a possibilidade de manutenção e disponibilidade de peças de reposição tornam eles equipamentos de uso específico e ocasional. Nesse momento, entram em cena profissionais que, dotados de capacitação e estudo de anos, se utilizam de componentes mais atualizados para a substituição relativa ou paliativa, para dar uma sobrevida e estes equipamentos. É fato que, em alguns casos, esse procedimento paliativo resulta em adaptações bem feitas - dependendo da mão do técnico - enquanto outras, são verdadeiras obras da gambiarra eletrônica. quando chega a esse ponto, pode ser que o resultado final desejado não seja o esperado, e daí por diante, esse equipamento acaba sendo destinado a negociação ou venda em sites especializados, ou por fim, em encontros dominicais em feiras de negócios informais.

Não obstante, é comum depararmos com negociações bem-sucedidas, onde um comprador adquire um equipamento do determinado problema crônico, mas possui em seu pequeno acervo de peças de reposição, aquela etapa de RF que está danificada em sua nova aquisição, e faz o reparo da etapa que possui em seu estoque pessoal, e obtêm o sucesso esperado. Não demora muito, para que este transceptor ou acessório, volte ao mercado de usados, com a diferença de que estará sendo negociado por um valor acima daquele o qual fora adquirido anteriormente. Por outro lado, também iremos nos deparar com equipamentos que foram tão danificados, ajustados, efetuado reparos sem o mínimo de noções técnicas necessárias, mas que visualmente, apresentam um aspecto de conservação externo aceitavel, que mesmo com a consciência do negociante de que o equipamento ou acessório está com problemas, mas mesmo assim, assume o risco de negociar como equipamento em perfeitas condições de uso, e que se ocorrer o fato ser descoberto o engôdo, vai tentar se desvencilhar de toda a forma, que acabam ocorrendo mal-entendidos ou discussões desnecessárias, o que coloca esse tipo de comércio e negociação, em xeque perante os demais.

Por conta disso, muitos aficionados tem buscado outras formas de adquirir equipamentos e acessórios fora do país, com a certeza de que não terão os problemas decorrentes internamente em seu país. De certa forma, estão corretos nessa observação. E eu explico o porquê.

Em alguns países na Europa e nos EUA, a cultura do uso da radiocomunicação envolve uma notória conscientização do bom uso das frequências e equipamentos, salvo algumas pequenas exceções. E nestes locais, a oferta de componentes de reposição, atualmente, é voltada para o mercado interno. E quando algum equipamento ou acessório apresenta algum defeito ou dano,segue os princípios básicos: ou efetua o reparo, com o componente/peça original, ou fabrica o componente/peça seguindo as características do original, ou  leva o equipamento para o reparo em um representante ou um técnico habilitado, ou simplesmente, destina o equipamento para o descarte. Não existe a mesma cultura que nós possuímos por aqui. Parece estranho, se levarmos em consideração que Radioamadores do passado fabricavam seus componentes, bobinas, indutores dentro de seus Shack's, mas com o avanço da tecnologia ao decorrer das décadas, a industrialização e disponibilidade de equipamentos manufaturados foi tornando essa prática do Homemade, um serviço destinado aos mestres da Velha Escola - e que, atualmente, vêm se tornando algo voltado apenas aos amantes do rádio, e não ao volume exacerbado de "apertadores de botões" atuais. 


Outro fator importante, é que os equipamentos não possuem tanto o índice de longevidade nas linhas de produção. Depois de um certo tempo, projetos bons tendem a ser descontinuados, dando espaço para novos modelos, com novos recursos, que, se pudéssemos analisar mais a fundo, poderiam ser agregados aos tradicionais que estavam em outrora produção. Mas, o conceito de se agregar recursos novos em projetos antigos caiu em desuso - e não é bom para o lucro, afirmam alguns especialistas no assunto, devido as determinadas limitações.ou aceitação no mercado.

Isso implica no fato de que, se o equipamento foi descontinuado, com o passar dos anos, a oferta de suporte e manutenção se tornarão escassas, e as que existirem, tornarão seu reparo/manutenção mais oneroso. 

Portanto, a tendência é que seus preços venham a ser reduzidos no mercado de usados. Isso, me referindo ao mercado lá de fora. É claro, que as exceções se aplicam a uma determinada linha de transmissores que tiveram uma grande repercussão no mundo todo, como por exemplo, determinadas linhas de equipamentos da Collins, Hammarlund e Hearthkit. 


Mas, ao entrarem no Brasil, estes equipamentos acabam adquirindo uma capacidade enorme de valorização, por inúmeros motivos: exclusividade, especulação, excentricidade, dentre outros. Portanto, se o interesse do amigo é tão somente, para seu uso próprio, durante longos anos, sem se preocupar se o equipamento passou nas mãos de algum palitador Made in Brazil, pode ser sim, uma boa opção de aquisição, exceto pelos custos de importação e os altos impostos aplicados por aqui.

Mas, se a opção é adquirir equipamentos de última geração, a sugestão é procurar empresas de importação ou representantes sérios no segmento por aqui, onde possam lhe dar respaldo técnico, além de já providenciarem equipamentos com as Certificações e Homologações junto a ANATEL, para não ter problemas com o bom uso do transceptor. A não ser que já tenha conhecimento suficiente em solicitar esses procedimentos por sua conta própria, aí, é uma questão de se conscientizar com os trâmites burocráticos. Jamais acredite nas promessas de vendedores de sites de compra e venda, que não tenham tradição no segmento, uma vez que irão lhe dizer tudo - e prometer também - mas no final das contas, é bem provável que não terá o suporte do pós venda desejado.

Fica a dica! 73 a todos.

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