Buenas!
É fato que, ao longo dos anos, os transceptores e equipamentos para Radiocomunicação vão se desgastando com o uso, com as condições de operação, o local onde é instalado e outros fatores, que acarretam na perda de suas características, no ato de sua aquisição.
Tal acontecimento é normal, uma vez que não existem equipamentos que serão "rochas eternas" de funcionalidade, ao passo que um componente ou outro, estará com sua vida útil chegando ao fim, e por conseguinte, apresentará falhas, que podem ocasionar ineficácia em algumas funções, assim como a total inoperância do conjunto.
Diante disso, é imprescindível que o equipamento seja conduzido a um técnico especializado, para que os problemas sejam verificados, e portanto, uma medida de reparação seja efetuada, para o retorno do bom funcionamento do conjunto.
Mas aí, podemos nos deparar com alguns fatores fundamentais na condução do rádio para o conserto... Onde levar, e em quem levar? Essa pergunta vagueia em inúmeras rodadas, redes sociais, enfim, justamente em busca de mão de obra competente e eficaz, para sanar as dores de cabeça que assolam uma parcela de operadores, que por muitas vezes, devido à falta de tempo e conhecimento técnico, não podem efetuar, por conta própria, o devido reparo. NOTA: Para os neófitos que nos acompanham, nos primórdios do Radioamadorismo, eram os operadores quem construíam seus equipamentos, a muito custo, com muito estudo, cálculos e confecção de componentes, e tais procedimentos tomavam horas de testes, experimentos e conclusões. Isso numa época, pelo menos aqui no Brasil, onde a aquisição de componentes era difícil, e tão ao caso se obtinha através de doações de amigos, canibalização de outros equipamentos eletrônicos, ou a simples adaptação por equivalência. O que nos resta hoje disso tudo, são pequenos projetos, que perduram na usabilidade, diante dos modernos transceptores que resumiram muitos Radioamadores, a apertadores de botões e ajustados de mesas de áudio.
Com as facilidades da Inclusão Digital, é possível, em pouco tempo, obter resultados no "oráculo" (Google) sobre técnicos e assistências técnicas especializadas no segmento, algumas com renome inoxidável, outras com pouca divulgação, além dos Técnicos independentes, que efetuam serviços de forma artesanal, porém com minucia profissional. Porém, no meio desse segmento, encontraremos aventureiros na arte da eletrotecnia de radiocomunicação, com receitas "milagrosas", um Marketing sedutor que, apenas estão no segmento para ludibriar e fazer com que o cliente veja "apenas aquilo o que deseja", com videos editados, mostrando medidores e instrumentos provavelmente adulterados, demonstrando índices que na realidade, ao se colocar o transceptor em funcionamento na estação, percebe-se que não condiz com a realidade.
Da mesma forma em que a tal Inclusão digital nos induz a esses espertalhões, ela nos alerta com a mesma velocidade diante de inúmeras reclamações, que faz com que esses falsos profissionais, muitas vezes com noções, mas sem um preparo técnico comprovado, sejam descobertos em suas farsas e simplesmente, não recomendados como referência. Recentemente acompanhamos alguns episódios a respeito, mas mesmo assim, a propaganda vinculada em meios digitais ainda tendem a seduzir os desavisados, que se baseiam pela quantidade, e não pela qualidade.
De fato, existem os profissionais que são bastante sinceros com a realidade que assola atualmente esse mercado: a dificuldade em ser obter componentes para a reposição/reparo. Devido a essa escassez, muitos técnicos deixam de efetuar reparos, informando ao cliente a impossibilidade de conserto, não pelo fato de não saberem por onde começar, e sim pelo fato que não terem os componentes originais disponíveis no mercado de reposição. Diante desse dilema, alguns técnicos são obrigados a apelarem para o procedimento de adaptação paliativa, onde se utiliza de componentes/peças equivalentes, ou na confecção de peças de forma artesanal, porém, com resultados que beiram à funcionalidade original, mas que podem destoar das características originais. O resultado disso, são os equipamentos de muitas vezes, apesar do seu funcionamento normal, podem não agradar no caso de uma comercialização informal, justamente por causa de referência.
Abaixo, fica uma dica para aqueles que irão conduzir seus equipamentos para reparo, para que tenham ciência de nossa realidade x a capacitação de que irá efetuar o devido reparo:
- Verifique se a empresa que produziu seu equipamento ainda está em atividade. Se trata de um equipamento com menos de dez anos de uso, é bem provável que ainda exista componentes de reposição. Uma consulta rápida no site RigPix.com. , que possui um acervo de transceptores e acessórios, com informação de fabricação e características, pode ajudar nessa dúvida.
- Verifique em fóruns de discussão, se existe algum problema crônico no seu equipamento. muitas vezes, pode-se existir esse problema - mesmo que não tenha sido apresentado em seu rádio - o que pode ser necessária, uma revisão preventiva.
- Verifique se o local/pessoa a quem irá conduzir seu equipamento, tem tradição no ramo, se tem um índice de reputação positiva diante de outros colegas, se possui certificação em algum instituto/órgão que tenha emitido o mesmo - e se o instituto existe mesmo, pois existem larápios que, com um pouquinho de conhecimento em Informática, podem confeccionar um Diploma/Certificação, imprimir e colocar em uma moldura, ou simplesmente compra um em um pulgueiro qualquer. De igual sorte, muitos tem certificação no CREA e cursos de especialização e certificados, isso também é muito importante.
- Verifique que a empresa/técnico, possuem instrumentação profissional para uso - infelizmente, nem todo o instrumento possui selo de inspeção do INMETRO, o que pode deixar em aberto, a possibilidade de adulteração de medidores de parâmetros, por exemplo.
- Verifique que a empresa/técnico, possui empresa registrada, e se emite Nota fiscal de Serviços. Um técnico que não emite Nota Fiscal, não tem compromisso com a Receita, e portanto, não vai ter compromisso em lhe entregar um serviço de qualidade. entretanto, é uma via de duas mãos: nem todo mundo possui condições de ter sua condição de Micro-Empresa, diante dos impostos que temos por aqui, regularizada, isso é fato... Porém, alguns "profissionais", com sua arte de "argumentação", tentam justificar valores surreais em seus serviços, que se resumem a um juntado de fios, ferrites e diodos (que acredito que quando compram esses componentes, pagam impostos, não é mesmo?) e sua 'especialização, a preços equivalentes a serviços efetuados em empresas com Loja Aberta. Vejo profissionais liberais do segmento que usam da coerência e do Bom-senso, mas alguns que, realmente...
- Um profissional do segmento, na maioria dos casos, faz-se conhecido através da propaganda "boca a boca", onde um passa a dica para o outro, as referências e a sua satisfação. Atualmente, tem-se proliferado uma tendência de videos de reparos, onde se mostram resultados que desafiam as Leis da Física - e as faculdades mentais também. Nada contra, o problema é que essas "produções cinematográficas", com cortes, edições, são feitas em ambiente sombrio, escuro, que custa-se a acreditar que realmente, algum serviço de qualidade tenha sido mesmo efetuado. A não ser que os "profissionais" de hoje, usam lentes infra-vermelhas, por conta do alto custo da energia elétrica, hi, hi...
- Desconfie de "receitas milagrosas".... Seu transceptor foi concebido para operar dentro das especificações divulgadas pelo fabricante, dentro da normalidade. Os limites são o nível mais crítico de operação dentro das tolerâncias, e ultrapassando esses limites, a tendência é de você ter um desempenho a médio prazo. Melhorias de potência, adquira um bom Amplificador Linear, um bom áudio, um microfone Preamplificado. Desde que você use dentro das suas autorizações, lógico. caso contrário, suas visitas a uma Assistência Técnica serão frequentes, e tão logo, descobrirá que aquele "profissional" de reputação questionável estava com a desonesta intenção de lhe tirar mais dinheiro, diante de sua falta de informação.
- Uma prática muito comum, entre os "profissionais desonestos", é condenar um determinado modelo de transceptor, que não possui qualquer referencia no mercado. isso acontece,principalmente, com alguns transceptores chineses tipo Exportação (aqueles que fazem as bandas de 12-11-10 metros), que não possuem um Empresa Física, Website ou informações de descrição técnica disponíveis na Internet, por exemplo. Muito vendidos aqui no Brasil, misteriosamente possuem problemas na sua produção (o que eu não duvido). Mas mesmo assim, o "profissional" é capaz de, somente com sua "faculdade mediúnica filosófica", sem ao menos ter inspecionado o equipamento (o simples fato de se abrir o rádio, e usar instrumentos específicos), informar que a recepção deve ser retrabalhada, o "VXO" (hein?) reajustado, e coisas do tipo. O usuário final, na sua inocência, vai acreditar, tamanha é a lábia aplicada.
- Tenha em mente que o hobby é oneroso, diante do preço dos equipamentos. Nem todo o procedimento barato é bom, assim como nem todo o procedimento bom é barato. Zele por seu equipamento, pois depois do seu veículo de passeio, ele é sua "terceira família", dependendo do que tem em mãos.
Espero que as informações tenham grande valia a todos. E não esperem por "milagres", e sim, por resultados e satisfação.
73 a todos!
Jamais envie um rádio para o velho Aguiar de Campinas , perdi um rádio (Alinco DX-70) depois de ter gasto quase R$ 500 e mais de 13 meses parado na sua bancada , me devolveu o mesmo totalmente desmontado porque não aguentei mais tanta enrolação . Depois disso , encontrei vários colegas que tiveram o mesmo problema . 73 , py2bar .
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